quarta-feira, 21 de setembro de 2016

"Nunc Dimittis" - contemplar Aquele que é o Dia sem noite, a Luz sem ocaso!

Simeão, homem justo e santo, depois de ver com os seus olhos o Salvador e de O receber em seus braços, exulta de alegria e pede ao Senhor que o deixe partir da terra em paz, como lhe tinha prometido, agora que o Messias, luz das nações e glória de Israel, já está presente para Se revelar a todos os povos. 


"Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, * 
deixareis ir em paz o vosso servo, 
porque meus olhos viram a salvação, * 
que oferecestes a todos os povos: 
luz para se revelar às nações * 
 e glória de Israel, vosso povo." 

A Liturgia das Horas utiliza este cântico (Lc. 2, 29-32) todos os dias em Completas, até ao dia em que os olhos daqueles que o rezam agora na terra, hão-de contemplar Aquele que é o Dia sem noite, a Luz sem ocaso. 

Do comentário de Santo Agostinho
«O evangelho que escutámos mostrou-nos Simeão, o feliz ancião, que recebera a promessa de não morrer, antes de contemplar a Cristo Senhor. Ao tomar em seus braços a Cristo menino, reconheceu naquela criança Aquele que é grande e cantou: Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a salvação. 
Está deitado num presépio, mas leva em si o mundo; toma o seio da Mãe, mas alimenta os anjos; está envolto em panos, mas veste-nos de imortalidade; é amamentado, mas adorado; não encontrou lugar na estalagem, mas constrói para Si um templo nos corações dos crentes. Para tornar forte a fraqueza, a força faz-se débil. 
Admiremos, pois, o seu nascimento na carne em vez de a desprezar, e reconheçamos nela Aquele que, sendo tão grande, Se fez humilde por nossa causa. O seu amor nos contagie e chegaremos à sua eternidade.» 

(retirado do Saltério Litúrgico - Secretariado Nacional de Liturgia) 





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