Simeão, homem justo e santo, depois de ver com os seus olhos o Salvador e de O receber em seus braços, exulta de alegria e pede ao Senhor que o deixe partir da terra em paz, como lhe tinha prometido, agora que o Messias, luz das nações e glória de Israel, já está presente para Se revelar a todos os povos.
"Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, *
deixareis ir em paz o vosso servo,
porque meus olhos viram a salvação, *
que oferecestes a todos os povos:
luz para se revelar às nações *
e glória de Israel, vosso povo."
A Liturgia das Horas utiliza este cântico (Lc. 2, 29-32) todos os dias em Completas, até ao dia em que os olhos daqueles que o rezam agora na terra, hão-de contemplar Aquele que é o Dia sem noite, a Luz sem ocaso.
Do comentário de Santo Agostinho:
«O evangelho que escutámos mostrou-nos Simeão, o feliz ancião, que recebera a promessa de não morrer, antes de contemplar a Cristo Senhor. Ao tomar em seus braços a Cristo menino, reconheceu naquela criança Aquele que é grande e cantou: Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a salvação.
Está deitado num presépio, mas leva em si o mundo; toma o seio da Mãe, mas alimenta os anjos; está envolto em panos, mas veste-nos de imortalidade; é amamentado, mas adorado; não encontrou lugar na estalagem, mas constrói para Si um templo nos corações dos crentes. Para tornar forte a fraqueza, a força faz-se débil.
Admiremos, pois, o seu nascimento na carne em vez de a desprezar, e reconheçamos nela Aquele que, sendo tão grande, Se fez humilde por nossa causa. O seu amor nos contagie e chegaremos à sua eternidade.»
(retirado do Saltério Litúrgico - Secretariado Nacional de Liturgia)
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