sábado, 28 de outubro de 2017

"Tomai, Senhor, e recebei..." (Sto. Inácio de Loiola)

Tomai, Senhor, e recebei
toda a minha liberdade,
a minha memória,
o meu entendimento
e toda a minha vontade,
tudo o que tenho e possuo;
Vós mo destes; a Vós, Senhor, o restituo.
Tudo é vosso, disponde de tudo,
à vossa inteira vontade.
Dai-me o vosso amor e graça,
que esta me basta.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Quero hoje encontrar-me contigo, Senhor!

Mais um dia, Senhor, chega ao fim!
É hora de me encontrar Contigo em diálogo... em Oração!
Ajuda-me, Jesus, a serenar tudo aquilo que me agita para Te escutar no silêncio que me rodeia... na Paz que me inunda!
Obrigado por mais este dia... por aqueles que encontrei no meu caminho.
Obrigado por me amares e Te revelares nos irmãos que hoje cruzaram os seus caminhos com os meus!
Obrigado, Senhor, pela vida que me deste... 
pelo meu trabalho e até pelas dificuldades que hoje tive que superar!
Fica comigo durante esta noite e sempre!
Protege-me de todo o mal... que amanhã eu seja um verdadeiro instrumento do Teu Amor!
Protege-me e guia-me sempre pelo caminho do bem e da Paz!
Obrigado, Jesus, muito obrigado!
Fica comigo, peço-Te do fundo do meu coração... porque anseio estar sempre Contigo! Amén! 
 

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Bom dia, Jesus!

Bom dia, Jesus!
Mais um dia começa e eu quero iniciá-lo por dar-Te os bons dias e agradacer-Te por me teres guardado esta noite!
Hoje quero estar atento aos teus sinais... hoje quero perceber-Te em tudo aquilo que me rodeia... hoje quero encontrar-Te e descobrir-Te nos meus irmãos!
Faz de mim um portador de esperança, alegria e Paz! 
Faz-me, hoje, testemunha do Teu Amor!
Que logo quando rever o meu dia, eu possa dizer: - Valeu a pena este dia... pois amei e fui amado!... perdoei e fui perdoado! Encontrei Deus no meu dia!
Fica comigo, Jesus, durante este dia! 
Quero caminhar Contigo!... não desistas de mim, Senhor!  Obrigado, Senhor! Bom dia, meu Deus!

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Que lindo és Tu, Senhor!

“Que lindo és Tu, Senhor! Louvo-Te, Jesus!”
Expressão tão simples mas tão rica de significado!
Lindo és Senhor porque criaste tudo para mim... porque me amas sem limites!
Não há ninguém tão bom... tão pleno de felicidade como Tu!
Anseio por Ti, Senhor! 
Ajuda-me a nunca esquecer que só Tu me podes ajudar a caminhar rumo à felicidade!
Vem, Senhor, nesta noite e envia-me o Teu Espírito de Luz e de Paz!
Quero perceber-Te no silêncio que me rodeia!
Ajuda-me a parar todos os tumultos e agitações que há em mim!
Quero que fiques comigo, esta noite e sempre!
Quero caminhar Contigo! 
Quero seguir a rota do Amor que Tu me indicas todos os dias! 
Fica comigo, Senhor!

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

"Ser santo começa nas pequenas coisas..." (Papa Francisco)

Em que consiste a vocação à santidade? 
E como pode ser concretizada? 

«A santidade é o rosto mais belo da Igreja, o rosto mais belo: é redescobrir-se em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor. Compreende-se, então, que a santidade não é uma prerrogativa apenas de alguns: a santidade é um dom oferecido a todos, ninguém se exclui», diz-nos o Papa Francisco. 

Papa Francisco:
«Para se ser santo não é preciso ser bispo, padre ou religioso. Não, todos somos chamados a tornar-nos santos. Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade é reservada àqueles que têm a possibilidade de se desligar das tarefas normais para se dedicarem exclusivamente à oração. Mas não é assim.»
«É precisamente vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho cristão nas ocupações de cada dia que somos chamados a tornar-nos santos. E cada um nas condições e no estado de vida em que se encontra. És consagrado, és consagrada? Sê santo vivendo com alegria a tua doação e o teu ministério. És casado? Sê santo amando e cuidando do teu marido ou da tua mulher, como Cristo fez com a Igreja. És um batizado não casado? Sê santo cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho e oferecendo tempo ao serviço dos irmãos.»
«“Mas, padre, eu trabalho numa fábrica... Eu trabalho como contabilista, sempre com os números, mas aí não se pode ser santo...”. Sim, pode-se! Onde tu trabalhas podes tornar-te santo. Deus dá-te a graça de te tornares santo.»
«És pai ou avô? Sê santo ensinando com paixão aos filhos ou aos netos a conhecer e a seguir Jesus. E isto exige tanta paciência, para ser um bom pai, um bom avô, uma boa mãe, uma boa avó, exige-se tanta paciência, e nesta paciência acontece a santidade: exercitando a paciência.»
«És catequista, educador ou voluntário?» Sê santo tornando-te sinal visível do amor de Deus e da sua presença junto a nós. Cada estado de vida leva à santidade, sempre. Na tua casa, na estrada, no trabalho, na Igreja, nesse momento e com o estado de vida que tu tens está aberto o caminho para a santidade.»
«Não te desencorajes de percorrer este caminho. É o próprio Deus que te dá a graça. E isto é a única coisa que pede o Senhor, é que nós estejamos em comunhão com Ele e ao serviço dos irmãos.»
«Cada um de nós pode fazer um exame de consciência (...): como respondemos até agora ao chamamento do Senhor à santidade? Tenho a vontade de me tornar um pouco melhor, de ser mais cristão, mais cristã? Esta é a estrada da santidade.»
«Quando o Senhor nos convida a tornarmo-nos santos, não nos chama a algo de pesado, de triste... Pelo contrário! É o convite a partilhar a sua alegria, a viver e a oferecer com alegria cada momento da nossa vida, tornando-a ao mesmo tempo um dom de amor para as pessoas que estão junto a nós. Se compreendemos isto, tudo muda e adquire um significado novo, um significado belo, um significado a começar pelas pequenas coisas de cada dia.»
«Uma senhora vai ao mercado para fazer as compras e encontra uma vizinha, e começam a falar, e depois vêm os mexericos, e esta senhora diz: “Não, não, não, não posso dizer mal de ninguém.” Esse é um passo para a santidade, ajuda-te a tornar-te mais santo. Depois, em tua casa, o teu filho pede-te para falar um pouco das suas fantasias: “Oh, estou tão cansado, trabalhei muito hoje...”; “mas tu adapta-te e ouve o teu filho, que precisa”. E tu ajustas-te, ouve-lo com paciência... Este é um passo para a santidade.»
«Depois acaba o dia, estamos todos cansados, mas a oração... Façamos a oração. Esse é um passo para a santidade. Depois chega o domingo e vamos à missa comungar, às vezes uma bela confissão que nos limpe um pouco. Este é um passo para a santidade. Depois, a Virgem, tão boa, tão bela, pego no terço e rezo-lhe. Este é um passo para a santidade. E muitos pequeninos passos para a santidade.»
«Depois vou pela estrada, vejo um pobre, um necessitado, paro, pergunto, dou-lhe alguma coisa, é um passo para a santidade. Pequenas coisas, são pequenos passos para a santidade. Cada passo para a santidade tornar-nos-á pessoas melhores, livres do egoísmo e do fechamento em si próprio, e abertas aos irmãos e às suas necessidades.»
«Acolhamos com alegria [o convite à santidade] e apoiemo-nos uns aos outros, porque o caminho para a santidade não se percorre sozinho, cada um por sua conta, mas percorre-se em conjunto, naquele único corpo que é a Igreja, amada e tornada santa pelo Senhor Jesus Cristo. Andemos para a frente com coragem, nesta estrada da santidade.»
 
(com base no texto de Rui Jorge Martins - publicado no site do 
Secretariado Nacional da Cultura)

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Torna-me pequeno, ó Pai!

“Aumenta a porta, Pai,
porque não posso passar.
Fizeste-a para as crianças,
e eu cresci, para meu pesar.
Se não me aumentas a porta,
torna-me pequeno, por piedade.
Volta-me a aquela idade
em que viver era sonhar”.
 
(Miguel de Unamuno)
Salvar-se, segundo Jesus, é tornar-se progressivamente criança. Para a sabedoria do mundo, isto é algo completamente estranho porque estabelece uma inversão de valores e juízos. Na vida humana, segundo as ciências psicológicas, o segredo da maturidade (salvação) está em afastar-se progressivamente da unidade materna e de qualquer tipo de simbiose, até chegar a uma completa independência e se manter de pé sem nenhum apoio.
Em troca, no programa de Jesus, dentro de uma verdadeira inversão copernicana, a salvação consiste em se tornar cada vez mais dependente, a não se manter de pé, mas sim apoiado no Outro, a não agir por sua própria iniciativa, mas sim por iniciativa do Outro e avançar progressivamente até a uma identificação quase simbiótica, até – se conseguir – deixar de ser eu mesmo e ser um com Deus porque o amor é unificante e identificante; numa palavra, viver de sua vida e de seu espírito. Esta dependência, é claro, é a suprema liberdade, como logo se verá.
“Permanecer criança é reconhecer seu próprio nada, esperar
tudo de Deus como uma criança espera tudo de seu pai; não se inquietar
por coisa alguma, não pretender fortuna…
Ser pequeno significa não atribuir a si mesmo as virtudes
que pratica, crendo-se capaz de algo, mas reconhecer
que Deus põe esse tesouro da virtude na mão da criança; mas
é sempre tesouro de Deus”.
 
(Santa Teresinha de Lisieux)
Nós estamos no centro mesmo da Revelação trazida por Jesus, a revelação do Deus Pai (Abbá). Somente se dará o Reino aos que confiam, aos que esperam, aos que se abandonam nas mãos fortes do Pai. Tudo-é-Graça. Pura Gratuidade. Tudo se recebe. Para receber, há que se abandonar. Só se abandonam os que se sentem “pouca coisa”. É necessário tornar-se pequenino, criança, “menor”.
Por si só a criança não é forte, nem virtuosa, nem segura. Mas é como o girassol que se abre ao sol todas as manhãs; de lá espera tudo, de lá recebe tudo: calor, luz, força, vida…
Tornar-se criança, viver a experiência do Abbá (querido Papai) não só na oração, mas, sobretudo, nas eventualidades da vida, vivendo confiadamente abandonados ao que disponha o Pai, e tudo isso parece coisa simples e fácil. Mas na realidade trata-se da transformação mais fantástica, de uma verdadeira revolução no velho castelo arruinado da autossuficiência, do egocentrismo e das loucuras de grandezas.
Mas, uma vez que nós nos abandonamos e nos colocamos na órbita de Deus, então se anulam todas as fronteiras e participamos da potência infinita do Pai amado, de sua eternidade e imensidade.
(extraído do livro “Mostra-me teu Rosto” de Frei Ignacio Larrañaga)