sexta-feira, 27 de abril de 2018

Quero ser o teu amigo (Pe. Zézinho)

Quero ser o teu amigo. 
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida 
e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, 
sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo,  mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias…

terça-feira, 24 de abril de 2018

Procura o plano de Deus a teu respeito, para o poderes realizar!

Tudo no mundo tem a sua razão de ser: o frio do inverno e o calor do verão, a força do vento e a calma da atmosfera, a luz e as sombras... 
Tu também tens, na vida, uma razão de ser; a tua vida tem uma missão, que tem de ser cumprida por ti e só por ti, pois essa missão é pessoal e inalienável. Todo o teu empenho deve consistir em procurares saber qual a tua missão, qual a razão de ser da tua vida. 
Deus tem um plano sobre ti, que tu deves realizar. Se não souberes que plano é esse, não o podes cumprir. 
Mas se o conheceres, deves empenhar-te totalmente na sua realização; verás, então, que a tua vida é uma vida plena e que descobriste o verdadeiro sentido dela. 
Procura, por isso, o plano de Deus a teu respeito, para o poderes realizar. 

(Alfonso Milagro - "Os cinco minutos de Deus")

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Quando mergulhas no silêncio, descobres-te a ti mesmo!

Havia um famoso mosteiro de clausura no cimo da montanha. Ali os monges viviam em total silêncio, dedicando a sua vida à oração, ao estudo e ao trabalho nos campos. Todos respeitavam os monges e muitos subiam à montanha somente para os ver rezar e os ouvir cantar.
Um dia, um homem subiu a montanha determinado a falar com um dos monges. Tanto insistiu que o prior do mosteiro levou-o até ao poço que estava no centro do claustro. Ali o mais velho de todos os monges retirava água para os irmãos. Este monge tinha 96 anos e tinha dedicado ao silêncio e à oração os últimos 80. O homem olhou-o e perguntou-lhe: - O que é aprendeste nesta vida de silêncio?
O monge respondeu: - Olha para o fundo do poço. O que vês?
O homem aproximou-se, olhou para o fundo do poço e respondeu: - Nada! Não vejo nada!
O monge ficou quieto e silencioso durante alguns instantes.
Depois disse de novo: - Olha agora. O que vês?
O homem olhou novamente e disse: - Agora vejo o meu reflexo no espelho da água.
O monge comentou então: - Antes não vias nada porque a água estava agitada. Agora vês porque a água está parada.
Assim é a experiência do silêncio. Quando mergulhas nele descobres-te a ti mesmo.



Um filósofo dizia que “O homem fala constantemente porque tem medo do silêncio”… tens coragem de calar o rumor que há em ti e conhecer-te? 
(“Reza!… como Jesus!” - Salesianos)

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Tu, Senhor, que habitas no centro mais profundo do meu coração!

Tu que vieste ao centro mais profundo do meu coração
concede-me que esteja atento só
a este centro profundo do meu coração.

Tu que és meu hóspede no centro mais profundo do meu coração
concede-me que penetre também eu
neste profundo do meu coração.

Tu que estás em tua casa
no centro mais profundo do meu coração
concede-me a graça de me sentar em paz
neste centro profundo do meu coração.

Tu que és o único que habitas no centro mais profundo do meu coração
concede-me a graça de mergulhar e de me perder
neste centro profundo do meu coração.

Tu que és tudo no centro mais profundo do meu coração,
concede-me que possa desaparecer em ti
no centro profundo do meu coração.
 
(Hino da Liturgia das Horas em língua francesa)
Olho para a minha vida quotidiana:
os lugares, as pessoas, os trabalhos, as alegrias, as dificuldades, o apostolado…
Como estão as coisas, sabendo que Jesus está presente no profundo do meu coração? 
(reflexão retirada do Manual do Apostolado da Oração) 

quarta-feira, 11 de abril de 2018

"Divino Amigo, não nos deixes... Fica"

Vínhamos de bem longe, meditando 

Sobre o grande problema do Destino, 

"Tudo é um sonho", dizíamos. Foi quando 
Nós te encontrámos, meigo Peregrino. 

Falaste pouco. Mas foi tal, tão brando 

O encanto irresistível desse ensino, 
Que em breve os nossos corações pulsando
No fogo ardiam já do amor divino. 

E, sentindo minh`alma transformada, 

Eu disse: "Mestre, ensina-nos a prece
Que redime, que eleva e santifica. 

Ainda há tantos perigos pela estrada... 
É tarde... o dia morre; a sombra desce: 
Divino Amigo, não nos deixes... Fica". 

E tu ficaste. E desde aquele dia 

Em que connosco à Mesa, o Pão celeste 
Que já teu verbo consagrado havia
Como alimento às nossas almas deste, 


Outra vida, da qual nada eu sabia, 

Comecei a viver, porque o quiseste. 
E então soube o segredo da alegria 
E encontrei flores no caminho agreste.

Jónatas Serrano